Ballet Fitness: agora sim, para todos!
PREPARE AS SAPATILHAS. Foi-se o tempo em que o ballet fitness era acessível apenas para as celebridades e blogueiras fitness do meio. A modalidade que promete queimar calorias e definir músculos através de exercícios do tradicional ballet clássico já pode ser encontrada em diversas academias e escolas de dança.
O método foi criado pela bailarina Betina Dantas na ocasião em que sofreu uma lesão que a afastou da dança. A fim de manter a forma, ela criou uma série de exercícios de fortalecimento muscular baseados no ballet clássico.
Indicado para homens e mulheres com mais de 14 anos (sem limite de idade máxima), o ballet fitness propõe uma atividade DEMOCRÁTICA E INCLUSIVA onde todos são bem-vindos, bailarinos ou não.
NO GOOGLE. Digite “ballet fitness” no Google e você só vai encontrar imagens de gente que tá-na-cara-que-é-bailarino! E aí você se pergunta: Cadê a inclusão? Cadê as pessoas normais? Cadê os “não bailarinos”?
Para evitar que você enfie sua sapatilha no saco e saia de fininho com medo de pagar mico, eu fui conferir de perto uma aula de ballet fitness. Aproveitei a ocasião para fazer umas fotos (ou eu não me chamaria Silvia Lavagnoli, né?).
Localizada na Freguesia do Ó, a academia Santé é uma das poucas a oferecer a modalidade - aqui batizada de FIT BALLET - na Zona Norte de São Paulo.
Mariana Amaral (à direita), sócia da Santé, está sempre em busca de novidades e juntamente com a educadora física e bailarina clássica Isis Maia Bello (à esquerda) apostou no FIT BALLET para incrementar a grade de aulas da academia. Com pouco mais de um mês de implantação, as aulas de FIT BALLET foram testadas e aprovadas pelos alunos que já pedem abertura de novos horários.
NA SALA DE AULA. Mas quem são esses alunos? Bem, no caso da Santé, por enquanto são todas mulheres, pois apesar de ser uma modalidade unissex, assim como no ballet clássico tradicional ainda há um pouco de preconceito. Os marombeiros de plantão da Santé ainda não se arriscaram, mas a mulherada mandou muito bem nos tendus e pliés da professora Isis.
Confesso que fiquei encantada com as alunas dessa turma. Tirei tantas fotos que acabei montando um álbum da aula!
INCLUSÃO FITNESS. Sem nenhuma formação de ballet clássico, a turma de FIT BALLET da Santé (faixa etária de 20 a 45 anos) enfrentou firme 45 minutos de repetições de diversos passos de ballet, além de trabalhar também muito alongamento, isometria e equilíbrio. Tudo com muita graça e bom humor.
DINÂMICA. Apesar de não se formar bailarinos em aulas como essa, é comum a utilização de termos típicos do ballet como tendus, pliés, elevés, grand battements entre outros. Só para constar, as meninas da Santé (dentre elas nenhuma bailarina) tiram de letra, tá!
A música que dita o ritmo das aulas varia de rock e pop a eletrônica e MPB. Tudo instrumental.
Manter a postura também é um ponto importante e o trabalho de braços em determinados exercícios confere leveza aos movimentos.
BALLET DEMOCRÁTICO. O uso de sapatilhas, collant e coque é incentivado, mas não obrigatório. Todas ficam bem à vontade para escolher seus trajes. Só tem uma regra: tênis não entra. Mas se não tiver sapatilha, vale fazer de meia!
GRAND FINALE. O ballet fitness não está restrito ao que as imagens do Google nos mostram. A modalidade pode sim ser praticada por “não bailarinos” e é muito eficiente para a definição muscular e condicionamento físico. Encontrei na Santé alunas alto-astral que resolveram trocar 45 minutos de “puxação de ferro” por sapatilhas. E se divertiram muito com isso.
Por isso, pode parar com essa história de “esse tal de ballet fitness não é para mim, isso é coisa para bailarino”... Trate logo de tirar as sapatilhas do saco e correr para uma academia que ofereça a modalidade.
Você vai se surpreender com os resultados!
Ficamos assim aguardando que em um futuro muito breve a gente possa digitar "ballet fitness" no Google e obter resultados como as imagens apresentadas nesse post. Aí sim o ballet fitness terá se provado efetivamente INCLUSIVO E DEMOCRÁTICO.
A Academia Santé localiza-se na Rua São Leonardo, 70, na Freguesia do Ó em São Paulo. f. 2362-4887
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