Lugar de criança também é no museu

Você sempre gostou de arte, costumava visitar museus e todas as exposições que chegavam à cidade. Com a chegada dos filhos você já não consegue mais fazer isso, certo? Errado! Erradíssimo! Não subestime seus pequenos. Eles podem (e devem) ser levados a museus desde cedo.

A primeira vez. Se você tem um pimpolho com 3 anos ou mais e nunca o levou a um museu, poderá se surpreender com a reação dele (s) na primeira visita. Crianças são curiosas por natureza e mesmo que ele não “compreenda” as obras como você, a experiência com certeza será enriquecedora.

Sempre levei meus filhotes a museus e exposições e lembro-me bem da visita de minha filha ao Museu da Língua Portuguesa (hoje infelizmente interditado...) quando ela tinha apenas 3 anos. Não sabia ler e reconhecia somente algumas letras, mas se divertiu e muito. A razão? O ambiente interativo dispensa que o visitante tenha qualquer conhecimento prévio do assunto, o que é ideal para crianças.

Dicas de ouro. É importante que você se informe sobre o local da exposição/ museu antes de levar seu pequeno. As exposições com espaços interativos e com tempo de visitação abaixo de 60 minutos são mais indicadas. Exposições com temas infantis e espaços lúdicos também fazem muito sucesso entre a molecada. Quer uma boa dica de 1º passeio? Catavento Cultural. O espaço é incrível e a diversão é garantida para crianças de 2 a 70 anos! Não se esqueça de frisar bem para seu filho que vocês estão indo a um “museu”. A primeira impressão é a que fica! Pode ter certeza que seu pequeno vai relacionar a palavra “museu” a algo muito interessante e divertido.

Outra excelente pedida é o Museu do Futebol. É muito tranquilo mesmo aos finais de semana e aos sábados a entrada é gratuita. Tem de tudo... vídeos e áudios de partidas antigas, história dos clubes, evolução das bolas e chuteiras, curiosidades do futebol, homenagens aos grandes craques e outras personalidades não necessariamente pertencentes ao mundo futebolístico. E tem até a oportunidade de uma espiadinha (de longe...) no estádio do Pacaembu. Vale a pena uma selfie.

Não se esqueça também de tentar o seu chute a gol; tem direito a foto, uma cortesia do museu. Programe-se... os pequenos vão adorar e você também!

Prepare a criança. Agora, se você pretende levar seu filho a uma exposição de arte tradicional, não há problema nenhum. Converse com a criança sobre o que vocês vão ver, dê referências da cidade/ país de origem do artista ou das obras. Se possível, busque imagens e mapas na internet e mostre algumas obras para a criança. Ao chegar na exposição, o reconhecimento da obra vai gerar empatia e ele ficará empolgado. Pode acreditar!

Ritmo. Tenha em mente que a criança é guiada de forma diferente de um adulto. Você não vai conseguir parar na frente de cada obra para ler tudo sobre ela e também não espere que seu filho tenha paciência para ouvir todas as explicações que você possa querer dar a ele sobre o artista ou a obra. A criança é visual e muito perceptiva. Respeite o ritmo dela e divirta-se.

Pós visita. No final do passeio, uma boa ideia é levar a criança para tomar um sorvete ou parar na lanchonete que ela mais gosta. Isso reforçará a experiência de forma positiva e você ainda pode aproveitar para conversar sobre a exposição, perguntar o que a criança mais gostou e ouvir o que ela tem a dizer. Tudo isso sem exageros, por favor! Nada de tornar a conversa maçante, 5 minutos para falar sobre a experiência é mais do que suficiente.

Independente da profissão que a criança venha a escolher no futuro, o contato com a arte é importante desde cedo. Além de ajudar na compreensão da história, a arte estimula a imaginação, provoca a criatividade das crianças e incentiva novas formas de comunicação.

Não resta dúvidas que as crianças criativas de hoje são os adultos “pensantes” de amanhã. Por isso é tão importante o papel dos pais e responsáveis. Temos uma enorme responsabilidade ao educar e guiar uma geração no sentido de capacitá-los a reinventar as relações humanas e profissionais e criar oportunidades para um mundo melhor.

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